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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vivá coerência!

Em finais de 2010 fomos surpreendidos pelo aumento do IVA para as actividades desportivas. Um "ligeiro" aumento, de 6% para 23%! O que o governo fez foi, de um momento para o outro, aumentar o custo de um serviço em cerca de 17%...este foi mais um exemplo da coerência dos nossos politicos. O que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira. Se bem me recordo, há uns anos o nosso primeiro ministro, quando ainda estava em estado de graça e vendia um país em pleno desenvolvimento, argumentou que a diminuição do IVA das actividades desportivas para 6% não era um custo mas um investimento. Um investimento no orçamento para a saúde, comprovado por inúmeros estudos que comprovam que a prática de actividade física diminui a procura dos serviços de saúde. Pois bem, entretanto as contas apertaram e os estudos deixaram de ter credibilidade. O IVA voltou a subir e o orçamento da saúde já não importa. Mas a cereja em cima do bolo, veio mais tarde! Depois de tudo isto, somos surpreendidos pelo aparecimento de uma actividade desportiva que, pelos vistos, deixou de ser desporto. Foi aberta uma excepção para o golfe! O golfe é a única actividade desportiva que paga apenas 6% de IVA!!! O argumento é de que o golfe tem um interesse turístico muito importante para o país. Até é verdade que tem, mas então abre-se aqui um precedente perigoso. A verdade, independentemente dos argumentos que se queiram "vender" ao povo, é que existe um lobby muito forte, que tem por trás grandes grupos económicos e que fazem dos nossos politicos aquilo que querem. Lembrem-se só quem está por trás do projecto de candidatura de Portugal á Ryder Cup...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Estoril Open. Caro ou barato?

Tem existido alguma controvérsia relativamente ao preço dos bilhetes do Estoril Open. Sou sensível aos argumentos de ambas as partes, entenda-se público e organização. Por um lado, é verdade que os preços atingiram valores pouco acessíveis a muitas famílias (no sábado constou-me que custavam 50 euros o que, como dizia o nosso ex-primeiro Guterres, multiplicando por um agregado familiar de 4 pessoas, é só fazer as contas!), tornando o evento elitista e fechado a muitos amantes do ténis que não têm acesso aos convites, players guests, etc. Por outro, sou sensível às necessidades da organização que, sendo uma empresa privada, tem de zelar pela continuidade da prova e pelos seus legítimos interesses financeiros. Só tenho duas dúvidas. A primeira é se estes preços, no final, acabam por ser uma boa opção ao nível da gestão. A segunda, é se o tão propagandeado argumento do "interesse público" do Estoril Open não fica muito beliscado com esta política de preços.