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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Regionais ATLEI e os seus clubes...

Estão quase e terminar os campeonatos regionais da ATLEI, tanto individuais como por equipas. O CTCR, nos campeonatos individuais masculinos, alcançou todos os títulos regionais disputados: Duarte Sousa (sub12), Tiago Cação (sub 14 e sub 16) e Pedro Correia (seniores). O regional de sub 18 disputa-se no próximo fim-de-semana, tendo também como favoritos alguns dos nossos atletas, nomeadamente o Rodrigo Freitas, o João Fazendeiro e o Artur Completo. Em femininos, Filipa Silva, sagrou-se Campeã Regional de Sub 12. Para além destes títulos, em alguns destes campeonatos, as finais foram 100% caldenses e em alguns deles conseguimos ter três dos quatro semi-finalistas . Em equipas masculinas, vencemos todos os escalões etários: sub 12, sub 14, sub 16, sub 18 e em seniores subimos à primeira divisão nacional.

É verdade que ao longo dos últimos anos tentámos, de forma gradual e sustentável, criar as condições que permitissem dar condições aos melhores atletas mas também elevar o nível médio dos nossos jogadores. Os campeonatos regionais, apesar de não permitirem aferir o nível nacional e muito menos internacional, podem servir-nos de referência relativamente à evolução do nosso trabalho de formação. Infelizmente estes resultados não são só resultado do trabalho desenvolvido na Academia de Ténis do CTCR. Historicamente, na ATLEI, o CTCR sempre teve como principal adversário o CITL (que tem sido o clube com mais títulos regionais) e, pontualmente, o CT Alcobaça. A verdade é que, actualmente, estes dois clubes, por razões totalmente distintas, deixaram de conseguir ser tão competitivos. É interessante reflectir sobre o percurso destes clubes, as opções que tomaram e a forma como a competência dos seus responsáveis influencia o seu futuro. O CITL, coordenado por dois excelentes profissionais e amigos de sempre (Miguel Sousa e Gilberto Valente) é um clube de excelência, bem gerido e com uma dinâmica social muito forte. Desportivamente, somos rivais desde o tempo em que jogávamos. Actualmente, no papel de treinadores, defrontamo-nos quase semanalmente. Nunca me lembro de ter tido o mais pequeno problema com nenhum deles. Pelo contrário. Mais, tenho aprendido muito com eles ao longo destes anos e espero também ter conseguido ajudá-los em alguma coisa! Naturalmente, sendo um clube privado, as preocupações comerciais também acabam por pesar nas opções relativamente à competição. O CITL tem procurado reorganizar-se a este nível e não tenho dúvida que voltará a elevar o seu nível competitivo. O caso do CT Alcobaça é bem diferente. Há alguns anos atrás, a ignorância e a ambição desmedida de alguns dos seus responsáveis, nomeadamente do seu responsável técnico, levou a uma aposta desproporcionada e pouco sustentada na competição. Resultado: tiveram uma ou outra boa atleta a nível nacional nas camadas jovens, deixaram de ter ténis social e, hoje, não têm nem uma coisa, nem outra. Este clube é também a prova de que a vitória a todo o custo e as "guerrilhas" constantes com outros clubes, treinadores, associação, federação, etc, não compensam e que o tempo acaba sempre por premiar o fair-play, a persistência, a competência.

Apesar do orgulho que temos nos resultados dos nossos atletas, os nossos objectivos não passam por ganhar campeonatos regionais. Sabemos que para sermos melhores temos de ter adversários fortes. Trocava muitos destes títulos regionais por uma maior competitividade dentro da minha associação.


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